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Medicina Integrativa: cuidado ampliado para obter o melhor da saúde e cura

O conceito de Medicina Integrativa surge nos anos 2000 e reafirma uma ampliação do cuidado, abordando a pessoa em sua totalidade e integrando vários olhares possíveis sobre a saúde. Amplia o conceito de saúde para além do estado de ausência de doenças, promovendo também bem-estar e conexão com o sentido individual da vida. A partir da construção conjunta deste estado ampliado de saúde e da vivência deste estado no dia-a-dia, promove saúde e previne doenças. Assim, a pessoa encontra-se ativa neste processo, com a consciência da responsabilidade individual no viver saudável. O médico ou profissional da saúde é um parceiro neste caminho de cuidado e cura, que é necessariamente construído para cada um.

 

Este conceito traz a importância da integração da medicina ocidental contemporânea com as medicinas tradicionais, também conhecidas como alternativas e complementares. Assim, reforçamos a integração entre diversos sistemas de cura antigos e tradicionais com a biomedicina, muito bem aprimorada em nossa época. Por este motivo, as ações da medicina integrativa buscam sempre ser baseadas em evidências, utilizando as melhores evidências disponíveis na literatura e individualizando estas recomendações ao centrar em cada pessoa.

 

O tratamento baseado nos princípios da Medicina Integrativa, em geral, integra também profissionais de diversas áreas da saúde para atingir este cuidado ampliado, para obter o melhor da saúde e cura (health and healing). O plano de cuidados é compartilhado entre paciente e todos os profissionais de saúde envolvidos. Todos os fatores que influenciam a saúde, bem-estar e doença são levados em consideração, incluindo o corpo, a mente, o espírito e o ambiente, família e comunidade.

 

Através deste olhar amplo, individualizado e focado na salutogênese, cada pessoa tem um plano de cuidados a partir das suas necessidades, incluindo o tratamento das patologias já estabelecidas. Além disso, este processo incentiva uma postura ativa das pessoas, contribuindo para que cada um conheça suas características, sua história e compreenda seu processo de adoecimento, tornando-se mais autônomo para reconhecer e administrar os fatores estressantes em sua vida.

 

Como ferramentas para este cuidado, é possível utilizar de diversos saberes e técnicas como práticas meditativas, atividades artísticas, música, orientações alimentares, práticas corporais, massagens, relaxamento, atenção plena, uso de medicamentos alopáticos, fitoterápicos, homeopáticos e antroposóficos, sempre baseados em evidências em relação à segurança e eficácia. O uso adequado de ambos os métodos convencionais e tradicionais integrados facilita a resposta natural de cura do corpo.

 

É muito importante que os profissionais praticantes da Medicina Integrativa também adotem os seus princípios e se comprometerem à autorreflexão, ao autodesenvolvimento e ao autocuidado. Afinal, é preciso sentir-se bem e estar autoconsciente para contribuir no processo de cuidado e saúde de outras pessoas.

 

Referências:

 

OTANI, M.A.P; BARROS, N.F. A Medicina Integrativa e a construção de um novo modelo na saúde. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro , v. 16, n. 3, p. 1801-1811, Mar. 2011.


BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, 2006.


LUZ.T.M, Novos Saberes e Práticas em Saúde Coletiva, São Paulo, Editora Hucitec, 2003
WEIL, A. What is Integrative Medicine? University of Arizona, 2013.


WHO, World Health Organization. General Guidelines for Methodologies on Research and Evaluation of Traditional Medicine. Geneva; 2000

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Camila Zamban
Camila Zamban

Médica, formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

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