Em um mundo cada vez mais conectado através das mídias sociais, internet e dispositivos eletrônicos, a Biodança surge como uma proposta de resgate de conexão e de contato humano. Mas, afinal, o que é Biodança?
Biodança é uma prática terapêutica que busca integrar corpo, mente e emoções através da expressão criativa do movimento. Criada pelo psicólogo chileno Rolando Toro Arañeda na década de 1960, a Biodança propõe que todos nós temos um potencial inato para a expressão da vida e para a construção de relacionamentos significativos e saudáveis. Através de danças e movimentos específicos, os participantes são convidados a explorar suas emoções, a reconectar-se com o próprio corpo e a expressar suas singularidades.
Em um contexto social marcado pela virtualidade, a Biodança se destaca como uma poderosa ferramenta para resgatar a autenticidade das relações humanas. As mídias sociais e a internet têm permitido uma maior conexão entre as pessoas, mas também podem gerar uma sensação de distanciamento emocional e de superficialidade nas interações. A Biodança surge como uma resposta a esse cenário, proporcionando um espaço seguro para a expressão da identidade, das emoções e para a vivência de momentos significativos com o outro.
Os benefícios da Biodança são diversos e abrangem tanto o bem-estar físico quanto o emocional. Ao permitir que o indivíduo se mova livremente, a prática contribui para a liberação de tensões e o alívio do estresse, tão comuns no contexto atual de constantes estímulos digitais. Além disso, a Biodança promove o aumento da autoestima e da autoconfiança, permitindo que as pessoas se sintam mais confortáveis em expressar suas emoções e em se conectar com os outros de forma mais autêntica.
O público-alvo da Biodança é amplo e diversificado. Ela pode ser praticada por pessoas de todas as idades e habilidades físicas, já que as atividades são adaptadas para atender às necessidades individuais. Para aqueles que se sentem sobrecarregados pelo ritmo frenético da era digital, a Biodança oferece um espaço de acolhimento e autoconhecimento, permitindo que eles se reconectem consigo mesmos e encontrem um momento de pausa em meio ao caos.
A Biodança também é especialmente benéfica para os jovens, que cresceram imersos no mundo digital e muitas vezes enfrentam desafios em suas relações interpessoais e no desenvolvimento da autoimagem. Por meio da Biodança, eles podem aprender a se expressar de forma mais autêntica, a se relacionar com os outros de maneira mais empática e a lidar com as emoções de forma saudável.
A Biodança se apresenta como uma poderosa aliada em um mundo cada vez mais digital e conectado virtualmente, mas nem sempre emocionalmente. Essa prática terapêutica oferece a oportunidade de resgatar a essência humana, de se reconectar com nossos sentimentos e com o outro, proporcionando momentos conexão e autocuidado em meio ao turbilhão digital. Seja jovem ou adulto, a Biodança oferece uma jornada de autoconhecimento, transformação e reencontro com a nossa essência, permitindo que nos movamos em harmonia com a vida e com o mundo ao nosso redor.
Referências:
TORO, Rolando. Biodanza: fundamentos e epistemologia. 3ª ed. São Paulo: Summus, 2013.
TORO, Rolando. Psicologia da Expressão. 1ª ed. São Paulo: Summus, 2014.
PESSOA, Maria Lúcia. Biodança Clínica: Abordagem Teórico-Metodológica de Rolando Toro. São Paulo: Phorte, 2008.
MARQUES, Claudia. Biodança e Depressão: Contribuições da Biodança para o Tratamento da Depressão. Editora Appris, 2019.
Massoterapeuta Ayurvédica e facilitadora da prática de Biodança na Unidade Diamantina.
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